Exposição Fio da Meada
12 de novembro de 2015 à 05 de fevereiro de 2016
A CASA museu do objeto brasileiro inaugura no dia 11 de novembro, quarta-feira, a exposição “Fio da Meada”. A mostra apresenta quatro visões de uma mesma experiência que se iniciou em Muzambinho, Minas Gerais, em setembro de 2014. Tendo o potencial têxtil artesanal como principal suporte, quatro designers brasileiras – Mari Dabbur, Marina Dias, Maria Helena Emediato e Maria Fernanda Paes de Barros – criam peças de mobiliário em parceria com grupos de artesãos da cidade mineira.
Utilizando a produção têxtil como fio condutor, a exposição busca valorizar o trabalho artesanal. “Incentivando as pessoas a interagirem, pretendemos quebrar o estereótipo existente em relação ao artesanal, levando um novo olhar para estas comunidades e para o produto de seu trabalho”, afirma a designer Maria Fernanda Paes de Barros.
Quatro designers, a partir de uma mesma viagem e trabalhando sobre um mesmo suporte, produzem peças completamente diferentes. Para a designer Marina Dias, as referências pessoais de cada uma somadas à experiência vivida em conjunto têm influência direta sob a forma e as características de cada produto.
Local
Museu A CASA, SP – Brasil
A disposição das obras no espaço expositivo conta a história da experiência vivida pelas designers. Por meio de um painel de fotos, o visitante consegue acompanhar o processo de inspiração e criação das peças. “Pretendemos estimular o público por meio de imagens, texturas e interação, pois acreditamos que quando nos mocionamos registramos o momento e de alguma forma ele se torna inesquecível”, revela a designer Maria Helena Emediato.
Na tentativa de materializar e compartilhar um pouco do processo de imersão em Muzambinho, as designers decidiram dar ao visitante a oportunidade de participar da elaboração de uma das obras. Cúpulas pendentes e retalhos de tecidos se encontram e ganham forma por meio das mãos do Release para a Imprensa público, que terá a oportunidade de entrelaçar as tiras à sua maneira, compondo assim luminárias de autoria coletiva. “O design não se trata apenas de criar coisas novas. Ele é capaz de transformar, valorizar e preservar, mas para isso é preciso ver, sentir, estar e se emocionar”, conclui a designer Mari Dabbur.
A mostra reúne ainda mesas, luminárias, balanços, uma poltrona e uma composição de banco e prateleiras. Embora utilizem madeira, ferro, corda, palha e cobre, o fio de algodão é o principal material. Contando as histórias por trás de cada peça, a mostra terá uma visita guiada no dia 25 de novembro, onde todas elas terão a chance de apresentar detalhes do processo de criação.