ARMÁRIO OCA, 2020

Como nasce uma peça? De onde vem a inspiração? A ideia deste vídeo é mostrar que nada é por acaso, cada detalhe de uma obra da Yankatu tem uma razão de ser e nasce de uma construção feita por muitas mãos, muitas histórias, muitas emoções. É a essência de um sentimento traduzida em algo tangível. Tem alma.

É como se o Armário Oca transportasse você para o Xingu, suas tradições, seu povo. Um povo que me acolheu e abraçou a ideia de desenvolver um projeto comigo para dar vida a peças que respeitam seus conhecimentos e valorizam sua história. As imagens foram feitas na Vila Kaupüna, no Território Indígena do Xingu, em Mato Grosso, Brasil. Algumas por mim, outras pelo querido Kullikyrda Mehinako que me ajudou durante esse momento de pandemia, quando tornou- se impossível eu poder estar lá com eles. Neste vídeo de Daniel Freire, você pode ver Yaritsu Waura, Kayanaku e Kuyawalu Aweti, Pakuiura, Paipualu, Wayuni e Kuyawalu Mehinako revezando – se para tecer a esteira de talos de buriti que foi incorporada à peça. Para criar os desenhos elas usaram fios de algodão tingidos pela Mattricaria, de Brasília, com cascas e folhas de árvores colhidas por Kulilkyrda nos arredores da aldeia. Nessa busca pela essência acabamos por criar uma cartela de cores do Xingu.

Essa é uma história de amor, mas também uma história real, que nos mostra que é possível inovar e manter a tradição ao mesmo tempo, que é possível somarmos sem perder as identidades das partes, que podemos superar desafios juntos e usar a tecnologia a nosso favor, diminuindo a distância entre nós quando não é possível estarmos juntos.

Obrigada a todos que me ajudaram a dar vida a esta história!

MATERIAIS

Madeira Cabreúva maciça e talos de buriti tecidos e fios de algodão tingidos com matérias primas colhidas no entorno da aldeia Kaupüna

 

MEDIDAS

76 3/4 x 25 1/4 x 19 1/4 in
195 x 64 x 49 cm

 

PROVENIÊNCIA

Cascas e folhas das árvores e palmeiras utilizadas na construção das ocas e na produção dos artesanatos, colhidas por Kulikyrda Mehinaku no entorno da aldeia Kaupüna, Território Indígena do Xingu, MT – Brasil.

Esteira de talos de buriti tecidos por Yaritsu Waura, Kayanaku Aweti, Kuyawalu Aweti, Pakuiura Mehinaku , Paipualu Mehinaku, Wayuni Mehinaku e Kuyawalu Mehinako, aldeia Kaupüna, Território Indígena do Xingu, MT- Brasil.

Fios de algodão tingidos por Mattricária, Brasília, DF – Brasil.

 

EXPOSIÇÕES

2021 | Exposição Passagem | SP-Arte Viewing Room | Exibição online

2021 | 30 Sec of Design | Design Pier, Hong Kong | Exibição online

2020 | Exposição Not Cancelled por MADE | Exibição online

 

EDIÇÃO

Peça única.

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